Polícia acredita que carne pode ser de gado furtado na região
O setor de comercialização de carnes na cidade de Nanuque-MG foi alvo de fiscalização sanitária nos últimos dias 18 a 20 (01-22) por parte da Promotoria de Justiça de Minas Gerais, Procon-MG, Polícia Militar, Vigilância Sanitária Municipal e Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA.
Nos autos de infração expedidos pelo Procon-MG, relatam-se acondicionamentos precários de carnes com larvas vivas e moscas, em freezers e geladeiras enferrujadas.
Foram autuados e interditados 13 açougues e um restaurante, por não contarem com alvará sanitário. Muitos, também por acondicionamento inadequado de produtos cárneos.
A fiscalização apreendeu 2.838 quilos de carne sem inspeção das autoridades sanitárias
Um estabelecimento fechou as portas no dia seguinte ao início da fiscalização, provocando a necessidade de pedido de busca e apreensão junto à Justiça. Ali, foram aprendidos 70 quilos de carne não inspecionada.
FURTO DE GADO
A ação fiscalizadora foi desencadeada após a Polícia Militar em Nanuque ter comunicado o aumento de furto de gado bovino no município e região, supondo-se que a carne seria destinada ao comércio setorial na cidade.
Os estabelecimentos interditados só poderão voltar a funcionar após regularizarem a situação junto à Vigilância Sanitária e desinterdição do Procon-MG.
PROCESSOS
A promotora de Justiça em Nanuque, Marianna Michelette da Silva, informou que, além de responderem a processos administrativos, os responsáveis apurados durante a ação fiscalizadora serão investigados por crime contra as relações de consumo (artigo 7º, item IX, da Lei 8.137/90).
Segundo Silva, “tratam-se de infração e crime graves, que expõem a perigo a saúde de número indeterminado de consumidores que ingerem produtos cárneos que não passaram pelos procedimentos sanitários obrigatórios”.
Ela alertou que “não se descarta, inclusive, a possibilidade de terem sido comercializados produtos de animais doentes. E concluiu: “É inaceitável que o cidadão esteja exposto à compra e ao consumo de produtos sem condições higiênico-sanitárias, ardilosamente confeccionados, e que seja ludibriado pela aparente legalidade do exercício do comércio de produtos de origem animal, já que é inegável o perigo para a vida e a saúde públicas que o comércio clandestino de produtos de origem animal pode causar”. (Fonte e fotos: Ministério Público de Minas Gerais)



