Nota foi divulgada após declaração do ministro Gilmar Mendes, do STF
O Ministério da Defesa divulgou nota, ontem (13/07/20), na qual reafirma que a Marinha, o Exército e a Força Aérea estão empenhados em preservar vidas durante a pandemia do Coronavírus. A manifestação encaminhada à imprensa foi motivada por um comentário feito pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no sábado (11).
No comentário, Mendes disse que o “Exército se associou a um genocídio”, fazendo referencia ao trabalho de militares no Ministério da Saúde.
Na nota, a Defesa afirmou que a acusação é grave e informou que vai enviar à Procuradoria-Geral da República uma representação para adoção das medidas cabíveis.
NOTA OFICIAL
“O Ministro da Defesa e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica repudiam veementemente a acusação apresentada pelo senhor Gilmar Mendes contra o Exército Brasileiro, durante evento realizado no dia 11 de junho, quando afirmou: “É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável”.
Comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia.
Genocídio é definido por lei como “a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso” (Lei no 2.889/1956). Trata-se de um crime gravíssimo, tanto no âmbito nacional, como na justiça internacional, o que, naturalmente, é de pleno conhecimento de um jurista.
Na atual pandemia, as Forças Armadas, incluindo a Marinha, o Exército e a Força Aérea, estão completamente empenhadas justamente em preservar vidas.
Informamos que o MD encaminhará representação ao Procurador-Geral da República (PGR) para a adoção das medidas cabíveis.”
Hoje (14/07/20), Gilmar Menedes já se esquivou da responsabilidade por sua fala, o que não é o comum, pois sempre se protegeu na toga do STF. Agora, contudo, deu de cara com um “trator” chamado Ministério do Exército. Aí, já tratou de “afinar”…(Fonte e foto: Divulgação/Exército Brasileiro/Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
